Monday, November 21, 2005

Não resisti.

" Ficámos ali horas trocando nadas, simplesmente adiando tempo. E ela me contou: Havia um lugar onde o tempo não tinha inventado noite. Era sempre dia. Até que, certa vez, o flamingo disse: - Hoje farei o meu último voo! - As aves, desavisadas, murcharam. Tristes, contudo, não choraram. (Tristeza de pássaro não inventou lágrima. Dizem: lágrima dos pássaros se guarda lá onde fica a chuva que nunca cai.)
(...) Todas as aves se juntaram. Perguntavam: - Mas vai voar para onde? - Para um sítio onde não há nenhum lugar. - O flamingo chegou e explicou - que havia dois céus, um de cá, voável, e um outro, o céu das estrelas, inviável para voação. Ele queria passar essa fronteira. E continuava: - Aquilo é longe, mas não é distante. - (...) Ele queria ir lá onde não há sombra, nem mapa. Lá onde tudo é luz... Olhou para cima. O céu parecia baixo, rasteiro. O azul desse céu era tão intenso que se vertia líquido, nos olhos dos bichos.
Então, o flamingo se lançou. Assim, visto em voo, dir-se-ia que o céu vertebrava e a nuvem, adiante, não era senão alma de passarinho. Nascia, assim, o primeiro poente. Era o ponto final. Olhei o poente e vi as aves carregando o sol, empurrando o dia para outros aléns.
(...)
- Vamos esperar. Esperar por outro voo do flamingo. Há-de vir um outro.
Me perguntei se aquele não teria sido o último voo do flamingo. Ainda assim, me deixei quieto, sentado. Na espera de um outro tempo. Até que escutei a canção de minha mãe, essa que ela entoava para que os flamingos empurrassem o sol do outro lado do mundo... "
(Texto de Mia Couto em 'O Último Voo do Flamingo')

« Há-de vir um outro. »
Inês
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Wednesday, November 16, 2005

Donavon Frankenreiter, o "soul-folk" californiano


Nascido em 1972, em Downey, Califórnia, Donavon Frankenreiter começou a surfar ainda criança. A carreira de profissional do surf leva-o ao Hawai, onde conhece Jack Johnson, de quem rapidamente se torna amigo. Frankenreiter e Johnson aprendem a tocar guitarra juntos e, simultaneamente, dedicam-se ao surf. Enquanto J. Johnson se dedicava ao cinema e à música, Donavon Frankenreiter levava a música como hobby e divertimento.
Está, hoje (Aula Magna) e amanhã, (Casa da Música) em Portugal, pela terceira vez em apenas três meses. Promete boa música, e está alegremente surpreendido com o seu sucesso em Portugal. "Não percebo muito bem. A minha música não toca nas rádios e passa pouco na MTV. Se calhar é baseado no passa palavra, o que me agrada. Gosto muito de estar a ter sucesso com os meus amigos, ainda bem que é assim! É como me dá mais prazer.", afirma contente.
Quer vir surfar nas ondas lusitanas, e pede apenas que lhe emprestem uma prancha.
Bem ao seu estilo, Donavon Frankenreiter na Casa da Música, dia 17 de Novembro. E eu lá estarei... com certeza!
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Friday, November 11, 2005

Coca-cola de lata.

"Saudade de um tempo? Eu tenho é saudade de não haver tempo..."
Sinto saudade de viver sem pensar no amanhã... viver o momento centrada na alegria que ele é, com garra e força, sendo tudo o que sou e fazendo tudo o que sei... e sentir-me feliz! Tenho saudade de não pensar em nada, de me sentir despreocupada, de me sentir leve... e feliz!
De gostar do que vejo, sentir prazer no que faço... Olhar à minha volta e só ver Felicidade, muita União e Partilha. Sinto falta de não pensar em nada, ou de pensar em tudo... Sinto saudade de não haver horas e de cada minuto ser único... e belo... e feliz. Tenho é saudade daquele Sol, daquele Amigo. Tenho saudade do olhar daquele Amigo, do sorriso daquele Amigo. Tenho saudade do calor daquele Sol, da tranquilidade daquele Sol.
Tenho saudade de não haver tempo. Tenho. Mas tenho, também, saudade de Um tempo. Esse.
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Thursday, November 03, 2005

Essa bela localidade...


O Meu Lugar ao Sol.
O Meu Lugar ao Sol é Sempre...
Este!
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Mil e um grãos de recordações. E uma nuvem de beijos.


Praia do Guincho 2005

Tuesday, November 01, 2005

Under That Same Sun



Memories...
Oh... How they look good, so good!
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Brasil, Agosto 2005