Às vezes, em certos momentos da vida, tento parar o tempo e guardá-lo assim no meu bolso, ou fechá-lo na caixinha das coisas boas... quando dou por mim, fiz um buraquinho na areia e escondi-o lá dentro, tapei com cuidado, e pus uma pedrinha por cima para puder lá voltar (nunca me esqueceria dele, mas é só p'ra ter a certeza!)... Já me aconteceu que o mar lá perto passasse e levasse a pedrinha, aquela que eu escolhi, linda, e coloquei com tanto carinho por cima do buraquinho que fiz. E depois? Depois, eu procuro pelo tempo, por esse tempinho. Encontro por vezes, outras ainda não voltei a vê-lo...
Às vezes sinto que a vida se esvai por entre as minhas mãos, e que de quem eu dependia ontem, hoje já não dependo mais (podendo isso não ser necessariamente mau!), que quem ontem me tocou mais fundo, hoje já me vê com outros olhos, que com quem eu falei mais a sério, hoje já sorrio de forma diferente... Há gente de quem gostei e hei-de sempre gostar.
Hoy yo te encontré en una casa vieja
Tu ya te marchabas a otro lugar
No llevabas nada más que el mundo entero
Y todos los otros que vas a encontrar
Es como una historia que viaja en ti
Los sueños que llenan cada hueco
Querer despertar en una casa
Donde se conocen todos los secretos
Hoy yo te encontré al final del dia
Respirando cielo y horizonte
Esperabas ver la primera estrella
Para decidir cual es su nombre
Y seguir la historia que viaja en ti
Los sueños que te guían cada paso
A veces despertar en una casa
Es como despertar en un abrazo!
Una casa, by Mafalda Veiga