Wednesday, April 26, 2006

E m o c i o n a d o s

Hoje senti-te (mesmo). Hoje senti-te emocionado. Hoje senti emoção em ti. - e gostei tanto!

Eu estava de óculos escuros (também) por causa do sol, mas porque (também) eu me emocionei.
Eu estava ali, contigo. Eu fui e estive. (Eu tinha de ir, eu quis muito ir!)

Fiquei cá a trás - não quis dar nas vistas.
Entraste tão... tão belo! (Gostei especialmente do teu olhar.)

Queria que me visses, mas discretamente.
Viste-me! - Adorei imaginar no que pensarias quando me viste (eu não te olhei quando me viste).
Depois cruzamos um olhar, um olhar de carinho, de ternura (cúmplice?).

Eu segui todas aquelas pessoas. Vi-te de longe, vi o que acontecia.
Não me quis aproximar. Queria que me visses, não queria fazer-me ver.

Outro olhar. E vieste ao meu encontro.
Só me lembro de te abraçar, e de te dar o meu beijinho mais meigo (na tua face macia).
Disseste-me (com emoção - eu senti emoção!): Obrigado! (Disseste-o tão sentidamente!) - Adorei.

Vinha-me embora. Não consegui e voltei. Fiz-te uma festinha.

Já no carro, tive a sensação do desejo cumprido (não dever!), e de que tinhas sentido a minha surpresa (mesmo!).

Assim, 'também se está bem...'.

Thursday, April 20, 2006

Eu, commigo

Um fim de tarde de um último dia de férias de Páscoa... Ténis, calças de ganga, t-shirt, casaco (com carapuço), óculos de sol, mp3 no bolso, phones nos ouvidos e o 'Último Acto em Lisboa' debaixo do braço.
18 de Abril de 2006
19h e pico. O (lindo e absorvente) pôr-do-sol. O mar, azul, imenso. O vento (assim daquele que nos arrepia, mas que sabe bem). E eu. Eu sentada bem no meio dos mil e um grãozinhos de areia daquela praia. Eu, commigo.
O tempo vai passando, e já são quase 20h. De carapuço na cabeça, música nos ouvidos e os olhos naquele cenário, tão natural, tão genuíno, bem na minha frente. Um (aparente) simples pôr-do-sol, (apenas) mais um de entre tantos... mas não, aquele sol engolia o céu, que sem nuvens, se deixava envolver... aquele sol seduzia-me - tão singularmente -, estava ali, imponente, diante de mim, vermelho. E foi cuidadosamente descendo o horizonte (eram os flamingos que o empurravam para outros aléns)... até que já só espreitava, pequenino, sobre o mar. Foi embora. Mas o céu - aí, o céu - estava laranja, tinha vida, encarnava aquele radiante sol.
Levanto-me e vou andando, bem devagar, vou-me afastando. O céu continua enorme, senhor do mundo, avermelhadamente laranja. - Lindo!
A harmonia entre a água, a luz e o ar. O (imenso) mar, o (poderoso) sol - ou o que restava dele - e o céu, que do sol renascia.
Eu, commigo.
'Também se está bem'... assim!

Monday, April 10, 2006

If you have two, give one to your friend!

Acordo tarde (outra vez!). O despertador toca cedo, mas eu não consigo. Que fazer? Enfim.
O Sol! Espreito a janela e lá está o céu, azul (tão lindo!), imenso! E depois o Sol, o Sol! Sabe tão bem contemplar este cenário.
Almoço em casa, à pressa. 11 minutos, e estou no Campus à tua espera. Café, e lá vens tu. Atravessas a rua, ao meu encontro. Aprecio-te a almoçar (achas-me na lua - estou apenas a saborear-te! (não perguntes tantas vezes, - eu não me importo - repara só no meu olhar!)). Froiz, e compras-nos uma bebida. E lá estamos nós, a correr para ainda recarregar o andante, receber o troco (não há tempo para pedir o sempre tão desejado recibo!), e validá-lo. E pronto, sentamo-nos. Já estamos sentados, lado-a-lado, ao contrário do sentido a que o metro anda (eu não costumo gostar muito, tu sabes, mas hoje não me importei, foram os lugares mais perto da porta!). Viagem até S. Bento. Sem saber para onde ir, dirigimo-nos ao quiosque mais próximo e perguntas pelo melhor caminho até ao Funicular dos Guindais (adoras esta palavra - dá-te gosto pronunciá-la!). Uma senhora tenta explicar-nos, a custo, o percurso até lá. Não muito bem esclarecidos, vamos andando. Pelo cheiro, chegamos lá facilmente. Lá está - o elevador pr'o tão ansiado Funicular dos Guindais! Descemos, irrequietos - nós iamos, os dois, amigos, andar no Funicular dos Guindais!! Validamos o andante novamente e entramos no elevador. Uns minutinhos e começamos a descer (fomos sozinhos na cabine - que emoção!). De máquina em punho para registar aquele tão esperado momento, eu estava de pé, bem na frente. Menos agitado, estavas sentado, mas alegre. Houve tempo para 5 fotografias e pouco mais. Uma "viagem" de cerca de 45 segundos foi suficiente para começarmos a tarde bem felizes! Que sorrisos! Chegamos cá a baixo e eu pisco-te o olho. Não paro de fotografar a bela Ponte D. Luiz I, o barco rabelo que passea no, hoje mais bonito, Rio Douro! Que linda paisagem!
Fomos andando até à Ribeira, e a cada dois passos teus, eu faço questão de te fotografar. Quero guardar todos os bocadinhos. E seguiram-se mil e um retratos, muitos sorrisos, e a felicidade no ar!
Depois de apreciarmos, deliciados, as pessoas, as coisas, o rio, o Sol, o dia... depois de mais umas fotos, e do peixe que a menina pescou, depois de nos sentarmos no 'café do cais' e de haver tempo para uma bebidinha, uma musiquinha, pr'a mais uns momentos artísticos... um gelado! Um gelado de Primavera, de Alegria, de Amizade... um gelado de Carinho - O gelado! Tão bom!
Vimos Espanhóis, Franceses, Italianos, Ingleses, Japoneses (?)... e exclamamos que é aqui, no Porto, é aqui onde encontramos tão agradável, tão bonito local!... Estou deliciada, e tu sentes que estou. Abraças-me. Começas, aos poucos, a conhecer-me bem - sabes dessas pequenas coisinhas que gosto...
O tempo vai passando, e começamos a vir embora. Queríamos ir de Funicular dos Guindais (tristeza!, tinha muita gente!). Decidimos aventurar-nos a subir umas apetitosas escadinhas que encontramos. - Olha um belo d'um gatinho! - Muuuitas escadas subimos! Ufa! - chegamos ao fim! De volta à praça de onde tinhamos partido de tarde, estamos agora. Indecisos sobre o que fazer a seguir, apanhamos o metro. Mas antes, muito delicadamente, beijas-me. - Que doçura! (penso eu) - Retribuo com um beijinho amigo em forma de obrigada! - Eu sei que percebeste.
Fomos parar ao S. João. Espero contigo pela camioneta que te levará de volta a casa. Apanho o metro, já sozinha. De regresso à base, a única coisa em que penso é: Sabes-me bem, assim a (deixa ver...)... - não encontro nada tão bom.
Hoje plantei um sorriso!
É Primavera! Está Sol! - Que bom. Tão bom.
Title by Jack Johnson